sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Proposta alguma...


Os dias continuam seguindo em direção a um não sei o que, o tempo não parou, o mundo não parou, tudo continuou, ninguém esperou eu juntar os cacos e de tão rápido, alguns cacos se perderam na estrada, e o tempo mudou, ou fui eu? Ou foram ambos? Faltam pedaços, faltam conexões, e é incrível, ninguém nunca disse como seria e em meus devaneios mais mórbidos sequer senti um fragmento, é novo. É como se, se desvelasse um peso, um peso quase que insustentável no que se propõe o viver, exatamente por não ter proposta alguma, e tudo me parece contra-senso.

Senti desvanecer parte de mim, parte do que me fazia forte, quando a morte do jeito mais insólito ergueu sua foice, sentenciou o deslocamento do ser para o não ser, e se impregnou em cada detalhe, mesmo no mais alegre havia a marca, mesmo nos mais belos sorrisos, em tudo, em cada canto que a vista mirasse lá estava sua marca pregada no ar, nos pensamentos. E um vazio ácido, um sem sentido insuportável lateja, uma vez que aquilo que os antigos diziam como justiça, a morte como justiça pela corrupção de um ser primeiro no imperfeito temporal, me parece ser marca da ânsia de explicar o que não se explica, a sentença incognoscível. A morte é o prazo latente em cada um, a potência da vida......
Ferreira


4 comentários:

  1. http://textosepensamentos02foreveralone.blogspot.com.br/

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  2. http://textosepensamentosforeveralone.blogspot.com.br/

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  3. Massa , olha meu blog cara escrevo tambem , me add no face http://www.facebook.com/paulobabic

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