Os dias continuam seguindo em
direção a um não sei o que, o tempo não parou, o mundo não parou, tudo
continuou, ninguém esperou eu juntar os cacos e de tão rápido, alguns cacos se
perderam na estrada, e o tempo mudou, ou fui eu? Ou foram ambos? Faltam pedaços,
faltam conexões, e é incrível, ninguém nunca disse como seria e em meus
devaneios mais mórbidos sequer senti um fragmento, é novo. É como se, se
desvelasse um peso, um peso quase que insustentável no que se propõe o viver,
exatamente por não ter proposta alguma, e tudo me parece contra-senso.
Senti desvanecer parte de mim,
parte do que me fazia forte, quando a morte do jeito mais insólito ergueu sua foice, sentenciou o deslocamento do ser para o não ser, e se impregnou em
cada detalhe, mesmo no mais alegre havia a marca, mesmo nos mais belos
sorrisos, em tudo, em cada canto que a vista mirasse lá estava sua marca
pregada no ar, nos pensamentos. E um vazio ácido, um sem sentido insuportável
lateja, uma vez que aquilo que os antigos diziam como justiça, a morte como
justiça pela corrupção de um ser primeiro no imperfeito temporal, me parece ser
marca da ânsia de explicar o que não se explica, a sentença incognoscível. A
morte é o prazo latente em cada um, a potência da vida......
Ferreira
http://textosepensamentos02foreveralone.blogspot.com.br/
ResponderExcluirhttp://textosepensamentosforeveralone.blogspot.com.br/
ResponderExcluirMassa , olha meu blog cara escrevo tambem , me add no face http://www.facebook.com/paulobabic
ResponderExcluirEstou te seguindo, ótimos textos!
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